"Sinopse" do filme Mutum (2007, Brasil, Sandra Kogut).
Ele tinha um jeito de quem já sabia disso tudo, de quem via além, por detrás das poeiras. A mãe, zelosa, o amava mesmo assim, até tanto quanto tinha estima pelos outros quatro. Já o pai, se irritava rápido e muito. Mas é que aqueles olhos embaçados e verdes não cansavam de correr, pelas cenas, pelos chãos, pelos céus, como se fotografassem cada momento para uma futura análise. Prestava atenção na maçaneta que girava, nos pingos da torneira mal fechada, nas folhas marrons furadas que o vento levantava e derrubava no ar, nas formigas cabeçudas que subiam os troncos. Quase não falava, o que gostava era de conversar e rir com seu irmão-melhor-amigo. E ter ficado só depois de um tempo foi doído, pois é angustiante não ter com quer dividir os planos de futuro, os medos dos pesadelos, a cama de solteiro, as incongruências dos adultos. Mas aos poucos as coisas vão ficando nítidas.
Fui catar o texto que tu falou. E é bem bacana mesmo. "São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga que há no parque", muito bom, assim como o final. Sou muito fã do Vinicius, mas não conhecia esse, valeu a dica. =)
Retrospectiva 2011 Pedro Bonavigo, 66 anos, agricultor e músico. “Pegue a toalha e o sabão, embarque na ximbica e vamo embora pro Jordão”. Com o xote contagiante aliado ao videoclipe inusitado, Pedrão Gaiteiro, de fato, “arrumou um jeito para sua diversão”. A ideia de produzir o clipe partiu de familiares. Depois de ponderar um pouco sobre a proposta, ele topou. Por consequência, a esposa Vitória aderiu ao projeto. “Eu perguntei se ela queria que eu arrumasse um 'avião' de biquíni para aparecer na filmagem, aí ela topou na hora”, brinca. O casal seguiu o script a risca e se saiu bem no momento de interpretar os versos. Foi sucesso. E ainda é. Até ontem, o vídeo tinha sido exibido 31.865 vezes no YouTube. “Eu nem sei mexer nesse ‘troço’”, confessa. Publicado na íntegra no Diário de Guarapuava, em maio.
Meu irmão me disse que eu só não vejo por não mais brincar na terra, ou por ter deixado de sentar na calçada nas tardes preguiçosas, como outrora. Mas cá entre nós, eu duvide-o-dó que seja por esses motivos. O tatu-bolinha é um mito de infância, isso sim, que só é visto por olhos de ver e só pode ser tocado por dedos miúdos, quando *ALACAZAM*: a mágica! Ele se contorce todo e finge de morto, virando uma bolinha cinza. Lá dentro segura a respiração, nem um barulhinho ou sinal de vida, até que passa um tempo, o danado retoma a coragem e segue seu caminho, apressado. Se eu fosse do tipo ortodoxa, contaria que ele é um artrópodo, pertencente à rama dos crustáceos superiores e à ordem dos isópodos, com a desenvoltura de uma sanfona. Ah, eu ouvi dizer que tem muita gente que odeia o pobrezinho, só porque ele gosta de soja, girassol e milho (mas quem é que não gosta?). O tatuzinho tem tantas perninhas que quase não dá para acreditar e ontem ele estava andando ligeiro na calçada laranjada. Sil
Fui catar o texto que tu falou.
ResponderExcluirE é bem bacana mesmo. "São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga que há no parque", muito bom, assim como o final. Sou muito fã do Vinicius, mas não conhecia esse, valeu a dica.
=)
triste
ResponderExcluirÉ triste quando de alguma forma, laços tão fortes sejam cortados.
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