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Mostrando postagens de março, 2012

Madrugada

Assim como o poeta do Pantanal, ela passou anos se procurando em lugares nenhuns, até que não se achou. Agora é cedo e a moça busca equivocadamente nos arquivos antigos do disco rígido o exato momento em que tudo desandou de vez. 

Coisas insignificantes

No mesmo dia em que a caneta estourou na mão, o canto da página da tarefa rasgou no momento de destacá-la do caderno. Acabou a pilha do controle do portão eletrônico e o ponteiro do combustível correu sorrateiramente para perto da reserva... A pasta de dente se jogou no uniforme vermelho, justamente na única camiseta que estava limpa, e a ingrata lâmpada do banheiro queimou. A impressora devidamente instalada não foi reconhecida e a ligação pulou direto para a caixa postal, sem perdão. No resumo são tantas pequenas tragédias cotidianas, tantas coisas insignificantes demais para serem esquecidas.