Postagens

Mostrando postagens de julho, 2007

Mal

Imagem
Ontem, ou segunda, não lembro, saí de casa e andei pelas ruas. Olhando o céu e seu tom laranja - ele parecia o fogo - percebi que não sabia onde estava, tampouco para qual lado deveria ir, então parei e já não me senti em mim. Talvez isso seja normal, ou apenas o começo desse mal. Há algum tempo tenho procurado encontrar o sentido desta piração. Quando penso ter descoberto, caio novamente na mesmice. Não posso dizer que tenho me esforçado... Muitas vezes não cumpro o planejado e acabo passando pela vida, simplesmente. De qualquer forma, persisto. Comum, embora. O que me assombra é a demagogia, pois o que falo não faço, quase sempre. Conforta-me saber que eu não sou a única. Sondei a alegria alheia e percebi que a vida sempre continua, nua e crua, como dizem. Não há choro nem riso eternos. Aquelas pessoas morreram na terça antepassada, mas hoje o Brasil está em 3º lugar no Pan... Os aviões continuam decolando. Os miseráveis continuam com fome. Os políticos continuam em recesso. E eu tam

Babel

Imagem
“Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma maneira de falar”. Gênesis 11:1 Mostrar a violência excessiva para que talvez desta forma, quem assista ao filme crie um repulso a ela. Este foi um dos objetivos do roteirista e do diretor de Babel (2006). A violência é algo comum a todos, independentemente da nacionalidade. A falta de compreensão também... Pai e filho, esposo e esposa, pessoas de nacionalidades opostas... Tanto faz, pois ninguém se entende. O filme apresenta diferentes histórias de pessoas desesperadas por se fazer ouvir... Guillermo Arriaga, escritor mexicano e roteirista deste filme, comenta que o cinema e a literatura têm o dever de alertar para o que não pode deixar as pessoas passivas: violência e morte banalizadas. A morte de uma pessoa causa uma vazio social. Segundo ele, todos possuem uma identidade, algo que é formado pelas pessoas ao nosso redor. “Você não consegue se enxergar de costas... Para tal, você precisa da ajuda de alguém, a sua mãe, ou filho, e

Na modernidade

Imagem
Tudo é absurdo, mas nada choca, porque todos se acostumam a TUDO Foto: José Pinto Silva.