Eu tô ficando velha, eu tô ficando louca

Comia tranquilamente o cheetos do pacote alaranjado quando fiquei chocada - sim, acredite, às vezes ainda consigo ficar decepcionada com os tais dias de hoje.

No verso, um infográfico me explicava como jogar "Super Tazo Live". Ali estavam todas as dicas para o acesso de um site na internet e não havia nenhum pacotinho dentro da embalagem (cheguei a procurar, com uma esperança-retrô). O fato é que não pude acreditar instantaneamente na possibilidade de jogar tazo on-line.
Quero deixar bem claro que isso não significa que eu queria ter nascido na década de 50 ou outra "das antigas", onde as crianças nem tinham infância. Acredito que o bom e velho ano de 1988 tenha sido o melhor mesmo para eu dar o ar da graça neste mundo não-muito-amigável.
Do fundo do meu coração (calma, não é a música "da" Sandy & Junior), eu só queria que as crianças dos meus vizinhos tivessem a oportunidade de colecionar aqueles objetos redondos com ilustrações de célebres desenhos animados, como Taz, o fofo demônio-da-Tasmânia.
Que pudessem quase quebrar os dedos "batendo tazo" na hora do recreio, que pudessem trocar os repetidos com os colegas e sentir a emoção de abrir o salgadinho na expectativa de que seja um inédito.
Ah, enfim, queria mesmo é que pudessem andar de bicicleta na esquina em todo fim de tarde e explorar o terreno baldio do bairro como se tudo se tratasse de uma grande aventura. Ao vivo. A cores. Não na tela.

Comentários

  1. aaaa...Eu não acredito, eu comi um Cheetos nessa semana, procurei o Tazo, achei que só veio faltando no meu pacote. Que coisa triste.

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