Postagens

Mostrando postagens de maio, 2008

surpresas e suspiros

Imagem
Trechos entrevistas Paulo Leminski (1944 - 1989) "Ser poeta aos dezessete anos é fácil, quero ver alguém continuar acreditando em poesia aos 22 anos, aos 25 anos, aos 28 anos, aos 35 anos, aos 40 anos, aos 45 anos, aos 50 anos... encontrar um poeta como Drummond ou como o admirável Mário Quintana. Um dia desses quero ser um grande poeta inglês do século passado dizer ó céu, ó mar, ó clã, ó destino lutar na índia em 1866 e sumir num naufrágio clandestino Eu acho que a poesia é um inutensílio, a única razão de ser da poesia é que ela faz parte daquelas coisas inúteis da vida que não precisam de justificativa, porque elas são a pró pria razão de ser da vida. Querer que a poesia tenha um porquê, querer que a poesia esteja a serviço de alguma coisa é a mesma coisa que você querer, por exemplo, que um gol do Zico tenha um porquê além da alegria da multidão. É a mesma coisa que querer, por exemplo, que a alegria da amizade, do afeto, tenha um porquê. A poesia não precisa ter

Mais delas, elas estão em todo lugar!

Imagem
João escolheu um sorvete, porque fazia dois meses que não via o dolézero, e sentia uma saudade que doía mais depois que ele chutava bola com os ami gos. . Robert pescou quatro peixes na poça da rua de baixo, e um tubarão! Josiel foi picado por uma aranha quando tinha 4 anos. Ficou roxo e doído por doze dias! Mas agora ele pula mais alto que todas as outras crianças da escola. Fotos minhas. Estas fotos não são públicas. Todos os direitos reservados.

O sufoco

Imagem
"Tira isso daí para eu sentar, porque mala não tem bunda", exalta-se a senhora de uns setenta e tantos anos com um menino loiro queimado do Sol que sentara junto com suas bagagens, ao mesmo tempo em que mostra a identidade para o cobrador com afinco, a fim de comprovar que não deveria pagar a passagem. Com essa cena corriqueira, começou a viagem. Onze reais e quarenta e cinco centavos. "Quer pagar esse preço e ainda deseja m ordo mia?" Quatro horas e quinze minutos para percorrer cento e setenta e alguns quilômetros. So l tímido e vento cortante. Ao mesmo tempo, um ar abafado. Malas, pés, joelhos, crianças, sacolas, s uor. Tudo junto, sensação de que não cabe mais ninguém. Parada solicitada, dois descem, quatro sobem. Tá, me enganei, cabia mais alguém. Silêncio. Parada solicitada. Um desce, dois sobem. Novamente estava errada, sempre cabe mais um, sempre. "A senhora vai até Imbituva? Não, até um trecho da estrada perto de Guamiranga". Do outro lado: &

Eu tenho medo de termômetro

Todo aquele mundo que existia no meu quintal... Brincando que a rede verde, na garagem, era meu barco, e a vassoura, o remo. Se fechasse os olhos, já sentia as ondas, o gostinho salgado do mar e via as estrelas de tão perto, mas tão perto, que se quisesse, poderia guarda-las numa sacola. E a brisa das tardes de verão são inesquecíveis, ficavam mais refrescantes quando eu descia a rua de pedras soltas com a bicicleta de dezoito marchas do meu irmão. Se brecasse com o freio traseiro, fazia uma derrapagem barulhenta. Emocionante. Quem conseguisse a maior vencia. Frio na barriga. Incerta era a corrida até o muro, e se estivessem guardando caixão? Se bem que eu sempre era café com leite. Na grama onde eu andava descalça, de alma limpa, coração aberto; sempre fazia o velório das minhocas que morriam de insolação, e as cruzes de palito de dente demarcavam as covas. Estranho? Às vezes, descuidada, ainda escuto as gargalhadas aconchegantes da vizinha, que tinha um buda em cima da gela

Calmaria - Calma ria - Calma x ira

Minha ilha perdida é aí, o meu pôr-do-sol. Trecho: Paquetá - Rodrigo Amarante. Vídeo: Téo e a Gaivota - Marcelo Camelo