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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Ela possui a estranha mania de ter fé na vida

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Retrospectiva 2011 Eunice Terezinha Pires, 46 anos, agente comunitária de saúde. É interessante refletir sobre o que sobra depois de invadir a vida de alguém em busca de alimento para uma reportagem. Quase sempre, fica pouco: só o telefone na planilha do excel. Em outras situações, no entanto, acabo cativando o outro e me torno responsável pela afeição. No começo do ano, conheci a Eunice, uma mulher de simpatia larga e abraço sincero. Nossa ligação foi imediata e ela confiou a mim um pedaço da sua história, sem medo, sem frescura. A mulher telefonou logo depois da publicação da matéria que falava dela e me disse coisas bonitas. Aí eu deixei de ser repórter e ela deixou de ser personagem. Não demorou para a agente de saúde se tornar assinante do jornal. "Todo dia pego a edição e procuro uma foto sua para mostrar para a minha filha, mas nunca encontro. Não tem jeito mesmo, né? Você só fica atrás das câmeras", reclamou, na semana passada.

Pedrão, a ximbica e o tal do YouTube

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Retrospectiva 2011 Pedro Bonavigo, 66 anos, agricultor e músico.  “Pegue a toalha e o sabão, embarque na ximbica e vamo embora pro Jordão”. Com o xote contagiante aliado ao videoclipe inusitado, Pedrão Gaiteiro, de fato, “arrumou um jeito para sua diversão”. A ideia de produzir o clipe partiu de familiares. Depois de ponderar um pouco sobre a proposta, ele topou. Por consequência, a esposa Vitória aderiu ao projeto. “Eu perguntei se ela queria que eu arrumasse um 'avião' de biquíni para aparecer na filmagem, aí ela topou na hora”, brinca. O casal seguiu o script a risca e se saiu bem no momento de interpretar os versos. Foi sucesso. E ainda é. Até ontem, o vídeo tinha sido exibido 31.865 vezes no YouTube. “Eu nem sei mexer nesse ‘troço’”, confessa. Publicado na íntegra no Diário de Guarapuava, em maio.

Alemão Bock e o comércio da sorte

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De todas as atividades que já desenvolveu ao longo dos seus 56 anos, Alberto Ricardo se encontrou na ocupação de cambista lotérico. Fazendo isso, ele anda por aí, interage com pessoas e os dias passam sem dor. Bom humor é algo que lhe apetece. Conhecido como Alemão Bock – em referência à cerveja preta de origem europeia – se sente bem quando as pessoas são simpáticas com ele nas ruas. Se alguém lhe injuria, logo se abate, mas procura espairecer e não jogar em cima de outra pessoa o rancor. Alberto vende jogos da mega e da quina, mas na vida já trabalhou como jardineiro, vendedor de picolé, engraxate, guarda de presídio, peão em fazenda e como catador de recicláveis – hoje ainda coleta algumas latinhas para colaborar com a renda familiar. “O que eu gosto mesmo é de ser cambista lotérico. Eu levo comigo a amizade, a confiança do pessoal, a credibilidade e as piadas. Inclusive, ninguém me deixa em paz nessa parte. Às vezes eu estou trabalhando e me fazem parar para contar uma piad...

O melhor presente é estar presente

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Esta semana, a família virou a dor pelo avesso e o dia do reencontro chegou, sem aviso. “Parece que a viagem de Rondônia a Guarapuava foi eterna. Depois de passar por Cascavel, pensávamos que estávamos chegando em todas as luzes que víamos pela janela! Mas não era. Aquelas horas dentro do ônibus foram mais longas do que todos os anos de distância [mais exatamente 29 anos]”, conta Altair. “Quando ele ligou dizendo que estava na rodoviária, saímos correndo. Eu acabei perdendo os chinelos, a mãe foi bem descabelada. Meu carro não funcionou, peguei as chaves do meu irmão e nem avisei. Foi uma emoção enorme”, lembra Alaor. E eu, que nada tinha a ver com tudo isso, acabei recebendo de presente a possibilidade de contar a história. Leia neste fim de semana, no Diário de Guarapuava. E Feliz Natal!

Cores escondidas

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Novamente digo que a beleza não é luxo, mas uma necessidade de todos os seres humanos. Veja o exemplo de Dona Tereza e Seu Eduardo: eles são pessoas do tipo mais humilde que se pode encontrar nas ruas da cidade. Tiram o sustento dos descartes alheios, coletando materiais recicláveis para vender ou reaproveitar. Vários objetos são incorporados pela família e passam a ser parte da paisagem do pequeno barraco de dois cômodos onde o casal mora. Quem olha sem atenção para a casa, pode ver apenas sujeira e miséria. No entanto, ao observar a estante, perceberá embalagens de xampus Seda que esparramam cor no ambiente. Será que são só plásticos vazios? Ou são poesias que acalentam olhos cansados no fim do dia?

I'm here

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Ainda na onda das dicas meio "ultrapassadas", segue um breve filme sobre o amor. Lindo.

Inspirador

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Ok, estou sendo retardatária, pois o projeto acabou em outubro. No entanto, as imagens lá disponíveis são inspiradoras e valem o registro. A ideia do fotógrafo canadense Julian Bialowas foi postar uma foto com uma frase por dia. Simples assim. Confira o 365q .

Por que uma menina de 13 anos não deve namorar?

Eu não gosto de generalizar. Devem existir meninas (e meninos) de 13 anos que sejam maduros (embora eu nunca tenha conhecido algum). Dia desses, estava andando tranquilamente quando uma garota me interrompeu desesperada...