Aos que sabem das horas

Quando vejo pessoas que sabem viver com o tempo faço silêncio, por respeito. Para elas não há disputas ou correrias, não há prazo de validade ou peso na consciência. O tempo torna-se apenas o tempo, seguido de prosas, pequenas e boas alegrias, como o gosto do pão quentinho com manteiga derretida ou o barulho dos grilos misturado ao canto dos pássaros no quintal. As horas são música, o sol da tarde é consolo e o anoitecer, despedida, mas logo um reencontro. Nesta semana conheci o Seu Osvaldo. Ele sabe dessas coisas, eu sei que ele sabe.


Foto minha.

Comentários

  1. Eu trabalho num jornal cheio de pessoas que sabem das horas. Esses dias mesmo estava numa rodinha de conversa com duas delas. Rodinhas, dessas, em que é muito melhor a gente ficar só ouvindo. Pra não desperdiçar nada.
    Uma pena só, ou melhor, um desencontro do tempo, foi eu não encontrar mais o Mario Quintana lá. O poetinha trabalhou até a morte no mesmo lugar em que eu estou hoje...

    beijo

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