Daquele dia até agora
Elas aparecem aos punhados com suas camisetas azuis, alaranjadas, verdes, brancas, com ou sem estampa. Como embaladas por uma valsa em fuga, somem nas ruas, por trás dos toldos velhos e sujos. Onde todas se escondem quando o céu começa a ganhar tons escuros? Por que é que o Zé sempre cruza o cemitério? Por que olha, arisco, para os três lados antes de entrar? Parece que se esconde, mas de quem? Quase no céu, em cima de um prédio, outro Zé ajeita a massa. Suas mãos ásperas procuram trabalhar o cimento da melhor maneira. Movimentos circulares e depois retos verticais, ele tira o excesso e passa o braço na testa suada. Suspira. Mesmo depois de tantos anos ainda treme quando olha para baixo. O homem assovia uma canção e a brisa passa para, em seguida, encontrar outro alguém. E isso nunca para.
ah, para. tem jeito de o blogger colocar comentários automáticos? toda vez q entro aqui minha vontade é escrever: lindo! não é falta de criatividade não, é a lindeza de suas palavras.
ResponderExcluirMas a canção é sempre a mesma? Fiquei curioso
ResponderExcluirbeijo
apaixonante...
ResponderExcluirTrabalho no Correio do Povo, mais especificamente no site - www.correiodopovo.com.br. Tu é da área (jornalística) também, né?!?
ResponderExcluirAh, esses dias vi por aqui um navio com o nome de Guarapuava, lembrei de ti =)
beijo
Concordo plenamente com a Tati, eu sempre fico sem palavras e de boca aberta.
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