Prelúdio nº 0

Ouviu silenciosamente o chorinho no violão mal ou bem afinado. Tanto fazia, porque a melodia era rara e cada dedilhada tocava agudamente no mais escondido do seu ser. Não adiantava o esforço, não conseguia entender porque os laços eram tão frágeis e quase sempre superficiais. Queria das pessoas um algo além do trivial que fosse, mas parecia ser o único, numa sala cheia de vazios ansiosos para ver o gol. Bem lembrou que dia desses ouviu uns comentários sobre ser necessário humanizar os humanos. Agora fez sentido. Para ele, é claro.

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