senhoras e senhores
Tirando o fato de ver bicho que sofria (tinha pena dos elefantes), ela sempre gostou de ir ao circo. Parecia que era só entrar no cercadinho que mudava o mundo! Lá dentro não tinha um monte de coisa chata que via todo dia na rua ou na escola. Ao contrário, homens se vestiam de colorido e calçavam sapatos gigantes; os limites eram ignorados; a diversão, o encanto e a novidade eram inevitáveis, irresistíveis. Pensava, enquanto comia pipoca doce, sobre como era a vida de todas aquelas pessoas talentosas, hoje aqui, amanhã acolá, depois de amanhã além, quem sabe? Chegou a desejar ser parte da equipe dos que trabalham em arriscar a sorte, em fazer rir quem precisa de distração, em movimentar as cidadezinhas.
Contudo, imperceptivelmente, foi desistindo de achar graça. Começou a considerar o ingresso muito caro; os palhaços bobos; os trapezistas, fracassados. Inutilmente buscou resquícios daquele sentimento de outrora, mas seu coração criou uma proteção-contra-lembranças-circenses. Deve ter sido por ter visto tanta palhaçada.
Contudo, imperceptivelmente, foi desistindo de achar graça. Começou a considerar o ingresso muito caro; os palhaços bobos; os trapezistas, fracassados. Inutilmente buscou resquícios daquele sentimento de outrora, mas seu coração criou uma proteção-contra-lembranças-circenses. Deve ter sido por ter visto tanta palhaçada.
Pra mim, circos são recantos onde a infância ainda existe.
ResponderExcluirbeijos
Curioso, percebi coisa parecida quando em uma exposição do TDI em LDS a gente passou uns filmes do Chaplin. Nenhuma criança achou graça nenhuma. O único que achou graça foi um velho palhaço que andava por lá, ao qual as crianças não achavam graça nenhuma também.
ResponderExcluirOtimo Texto, abraço.
é autobiográfico?!?!?!
ResponderExcluirpq eu ainda gosto de circo...
apesar de achar caro!!!
Quando não tem aqueles animaizinhos é um lugar perfeito e mágico.
ResponderExcluir=)
Muito bom!