Meu irmão me disse que eu só não vejo por não mais brincar na terra, ou por ter deixado de sentar na calçada nas tardes preguiçosas, como outrora. Mas cá entre nós, eu duvide-o-dó que seja por esses motivos. O tatu-bolinha é um mito de infância, isso sim, que só é visto por olhos de ver e só pode ser tocado por dedos miúdos, quando *ALACAZAM*: a mágica! Ele se contorce todo e finge de morto, virando uma bolinha cinza. Lá dentro segura a respiração, nem um barulhinho ou sinal de vida, até que passa um tempo, o danado retoma a coragem e segue seu caminho, apressado. Se eu fosse do tipo ortodoxa, contaria que ele é um artrópodo, pertencente à rama dos crustáceos superiores e à ordem dos isópodos, com a desenvoltura de uma sanfona. Ah, eu ouvi dizer que tem muita gente que odeia o pobrezinho, só porque ele gosta de soja, girassol e milho (mas quem é que não gosta?). O tatuzinho tem tantas perninhas que quase não dá para acreditar e ontem ele estava andando ligeiro na calçada laranjada. Sil
sempre bom passar por aqui e ver algum texto novo =)
ResponderExcluirBem bacana, esse, aliás. Uma bela construção de palavras
Lindas suas palavrinhas!
ResponderExcluirHaikai!
ResponderExcluirBelas palavrinhas.