Seguindo a estrada amarela.
“até onde a vista alcança,
tudo pertinho,
a quilômetros de distância”
Dorothy e seus cabelos alaranjados, canelas finas, sapatinhos vermelhos cheios de mistério, olhos-estrela. Acabou de chegar num mundo colorido, onde as cores têm cores e cheiros, “talvez seja o algum-lugar-depois-do-arco-íris”, ela acredita. Anda e anda com seu cachorrinho Totó, só nos paralelepípedos amarelos, seguindo a recomendação dos anões de vozes finas. Seus amigos são os mais inusitados: um espantalho que quer um cérebro, para poder se sentar no sofá e colocar a mão no queixo e pensar (que desejo de se ter, alguém dirá). Um homem de lata ansioso por um coração, porque sonha em ser sentimental e romântico, ele contou que acha triste não ter esse membro pulsante perto do pulmão. Ingênuo, não? E tem o leão sem coragem, bizarro, choroso. Seu rosnado não assusta nem quem é bem medroso. Lá também existem as bruxas, ah, as bruxas más são magras e feiosas, e sempre aparecem para atazanar quando tudo quase está dando certo. Mas reconforta saber que nenhuma delas derrota quem é do bem, tá é um mundo encantado, vamos considerar. E logo surge alguém só para ajudar a bela moça a voltar ao Kansas. (É que mesmo que lá seja tudo em preto e branco, não há melhor lugar do que o nosso lar).
Talvez um dia ou outro possa dizer que encontrei um mágico qualquer que me deu numa caixa todos esses sonhos de Dorothy e seus amigos, a troco de uma vassoura queimada. Sabedoria, amor, coragem e um lugar neste mundo. “Mundo, mundo, vasto mundo. Se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo, mundo, vasto mundo, mais vasto é meu coração”.
Texto meu, após lembranças de O mágico de Oz.
No começo, haicai de Alice Ruiz. Ao fim, citação de Drummond.
a quilômetros de distância”
Dorothy e seus cabelos alaranjados, canelas finas, sapatinhos vermelhos cheios de mistério, olhos-estrela. Acabou de chegar num mundo colorido, onde as cores têm cores e cheiros, “talvez seja o algum-lugar-depois-do-arco-íris”, ela acredita. Anda e anda com seu cachorrinho Totó, só nos paralelepípedos amarelos, seguindo a recomendação dos anões de vozes finas. Seus amigos são os mais inusitados: um espantalho que quer um cérebro, para poder se sentar no sofá e colocar a mão no queixo e pensar (que desejo de se ter, alguém dirá). Um homem de lata ansioso por um coração, porque sonha em ser sentimental e romântico, ele contou que acha triste não ter esse membro pulsante perto do pulmão. Ingênuo, não? E tem o leão sem coragem, bizarro, choroso. Seu rosnado não assusta nem quem é bem medroso. Lá também existem as bruxas, ah, as bruxas más são magras e feiosas, e sempre aparecem para atazanar quando tudo quase está dando certo. Mas reconforta saber que nenhuma delas derrota quem é do bem, tá é um mundo encantado, vamos considerar. E logo surge alguém só para ajudar a bela moça a voltar ao Kansas. (É que mesmo que lá seja tudo em preto e branco, não há melhor lugar do que o nosso lar).
Talvez um dia ou outro possa dizer que encontrei um mágico qualquer que me deu numa caixa todos esses sonhos de Dorothy e seus amigos, a troco de uma vassoura queimada. Sabedoria, amor, coragem e um lugar neste mundo. “Mundo, mundo, vasto mundo. Se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo, mundo, vasto mundo, mais vasto é meu coração”.
Texto meu, após lembranças de O mágico de Oz.
No começo, haicai de Alice Ruiz. Ao fim, citação de Drummond.
Scheylinha, adoro essa passagem de Drummond... e gostei mto, tb, do haicai...
ResponderExcluirE Mágico de Oz sempre deixa boas lembranças... a mim, ao menos..
Que bonito o haicai!
ResponderExcluirFicou uma mistura improvável, mas fantástica.
=)
Eu sempre acho que meus comentários serão bobos depois de ler seus textos...
ResponderExcluirNem comento.
Muito lindo.