pirilampeando

um escuro de doer. uma dor no finzinho do último fino fio de cabelo. não importa o que era, agora é só para além, além do mais, não há tempo a perder. temporal de idéias, ideais esquecidos no fundo do baú de trás da cama antiga. empoeirados, todos eles juntos e juntamente sozinhos. escondendo pedaços de dias bons, papéis de bombons, pétalas de rosas não mais vermelhas. ver melhor agora, sem óculos, sem embaços. deixa para lá, estou sem pressa, (vem depressa?).
um fim de jogo, afinal não afinado é bom também. tão bem, tão essencial pensar pensamentos aleatórios. desses que vêm não sei da onde, e brincam de esconde-esconde. sem querer querendo mais, te sonhei comigo, e eras novamente meu amigo.
nunca lembro que tenho umbigo, bigode de suco de uva, sonhos de valsa na gaveta mais alta. chuto na trave e o travesseiro enxuga as lágrimas.
pedalo sem força, brinco de forca, apago no sofá da sala. salada de frutas. madura às vezes, quase sempre preguiçosa. lembro e esqueço, finjo que não lembro, então encontro uma árvore cheia de jabuticabas, elas me olham bem fundo com seus olhos cor-de-jabuticaba e suspiram: "borboleta parece flor que o vento tirou para dançar, e sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar!".

"histórias, prosas, rimas sem começo e fim...
somos vaga-lumes a voar perdidos".


Texto meu
Citações: Vaga-Lumes e Sonho - O Teatro Mágico.

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