Mal


Ontem, ou segunda, não lembro, saí de casa e andei pelas ruas. Olhando o céu e seu tom laranja - ele parecia o fogo - percebi que não sabia onde estava, tampouco para qual lado deveria ir, então parei e já não me senti em mim. Talvez isso seja normal, ou apenas o começo desse mal.
Há algum tempo tenho procurado encontrar o sentido desta piração. Quando penso ter descoberto, caio novamente na mesmice. Não posso dizer que tenho me esforçado... Muitas vezes não cumpro o planejado e acabo passando pela vida, simplesmente. De qualquer forma, persisto. Comum, embora. O que me assombra é a demagogia, pois o que falo não faço, quase sempre. Conforta-me saber que eu não sou a única.
Sondei a alegria alheia e percebi que a vida sempre continua, nua e crua, como dizem. Não há choro nem riso eternos. Aquelas pessoas morreram na terça antepassada, mas hoje o Brasil está em 3º lugar no Pan... Os aviões continuam decolando. Os miseráveis continuam com fome. Os políticos continuam em recesso. E eu também não mudei.
A gente passa a compreender melhor a vida quando entende este ciclo:
Nasce Sol, põe-se Sol e tudo permanece igual.
Não pense que eles vão olhar por você.
Texto: Scheyla.
Foto: Ricardo Costa, disponível em olhares.com

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