Babel


“Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma maneira de falar”.
Gênesis 11:1


Mostrar a violência excessiva para que talvez desta forma, quem assista ao filme crie um repulso a ela. Este foi um dos objetivos do roteirista e do diretor de Babel (2006). A violência é algo comum a todos, independentemente da nacionalidade. A falta de compreensão também... Pai e filho, esposo e esposa, pessoas de nacionalidades opostas... Tanto faz, pois ninguém se entende. O filme apresenta diferentes histórias de pessoas desesperadas por se fazer ouvir...
Guillermo Arriaga, escritor mexicano e roteirista deste filme, comenta que o cinema e a literatura têm o dever de alertar para o que não pode deixar as pessoas passivas: violência e morte banalizadas.
A morte de uma pessoa causa uma vazio social. Segundo ele, todos possuem uma identidade, algo que é formado pelas pessoas ao nosso redor. “Você não consegue se enxergar de costas... Para tal, você precisa da ajuda de alguém, a sua mãe, ou filho, eles auxiliam o processo da formação individual. Quando uma dessas pessoas se vão, você perde um pedaço da sua identidade”, explicou em entrevista ao programa Roda Viva, da Tv E do dia 04 de julho de 2007.
Babel não é um filme de estacionamento. Como aqueles que se assiste no cinema e quando chega-se ao carro para ir embora, o telespectador já nem sabe mais sobre o que se tratava. Essa película possui o poder de causar a reflexão sobre as contradições da vida, a falta de tolerância entre os semelhantes e o caos no qual a humanidade se encontra.
Guillermo acredita que a cada dia mais fica claro a tendência maior das pessoas para o lado animal do que para as atitudes civilizada. Para o roteirista, o homem é, simplesmente, um animal.
Depois de assistir ao filme muitas pessoas sentirão que isto é verdade...


“Desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem do outro”. Gênesis 11:7



Foto: Divulgação.

Texto: Scheyla

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