Malandragem das ruas

Vez ou outra as boas histórias estão nas esquinas. Como quando ele, de 28 anos, cruzou meu caminho em um dia ensolarado e logo disse que era chapa de segunda a sexta-feira e engraxate aos sábados. Contou que saiu de casa no começo da adolescência, porque apanhava muito, mas, diferente do que possam pensar, nunca se envolveu com drogas e sequer é viciado em álcool. “É difícil resistir, mas não é impossível. Preciso ser meu próprio exemplo”. A malandragem das ruas, é claro, ele tem. Dorme nos becos da cidade. Quando sobram uns trocados, canta no karaokê as canções de Gian & Giovani e um dia chegou a ouvir elogios. Sentiu-se importante.


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