flo-rir (...!)

"Você sabe que não deve acreditar em mim", alertava, enquanto tinha o rosto virado, a mirar as réstias solares que iluminavam os dentes das crianças na praça. Pensava em coisas como nuvens e alfaces, sentindo na boca um gosto de dejá vù. "Será que sempre será?", (isso em forma de balão-algodão). Tudo tão distante no tempo e no espaço semi-sideral-vilão (argh!), tudo tão perto que quase-que-quase encosta a mão. Mas então houve silêncio e o já visto virou fumacinha (plim!). Voltou-se para ele, que agora observava o chão com sua calçada cinza e concretamente sofrida. (Ah!), dois universos tão distintamente parecidos, não tem como dar música, apenas ruídos e um ou dois sorrisos. Mas vez ou outra aquele ali se transforma no seu porto seguro, longe das avenidas e alamedas e tristezas e e's. Só por isso, e por nada mais, ela deixa estar, deixa vir, deixa florescer. E, assim, ambos continuam seguindo, florindo.

Foto e texto meus.

Comentários

  1. Eu sempre leio seus textos duas vezes, e se entro de novo aqui leio mais uma vez... cada vez percebo alguma palavrinha que faz toda diferença...

    ResponderExcluir
  2. É tão bom quando conseguimos pôr em prática o que se passa no balão-algodão. Parece simples, mas às vezes é tão complicado.
    Mais uma vez, bem legal. E o comentário da Michele bem que poderia ser meu. Assino embaixo.

    beijão, boa semana

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Pedrão, a ximbica e o tal do YouTube

Daquele dia até agora

A figura da praça